domingo, 11 de janeiro de 2015

Cessna T-37 Tweet Demonstration


Cessna T-37

Cessna T-37 Tweety Bird
Descrição
FabricanteCessna Aircraft Co.
Entrada em serviço1957
MissãoInstrução básica de pilotagem
Tripulação2 (piloto e aluno)
Dimensões
Comprimento8,92 m
Envergadura10,35 m
Altura2,80 m
Área (asas)17,08 m²
Peso
Tara1 840 kg
Peso bruto máximo2 981 kg
Propulsão
Motores2 × turboreactor Continental/Teledyne J69-T-25
Força (por motor)4,56 kN
Performance
Velocidade máxima684 km/h (Mach 0,4)
Alcance1 500 km
Teto máximo11 950 m
Relação de subida1 027 m/s
Notas
Consultar a secção Especificações
Cessna T-37 é um avião birreactor com trem de aterragem triciclo retráctil, bilugar lado-a-lado, designado pelo fabricante Cessna 318. Desenvolvido no início de 1950 como avião de instrução básica de pilotagem, para aForça Aérea dos Estados Unidos, foi exportado e usado na mesma função por diversas forças aéreasnota 1 . Uma aeronave de apoio aéreo próximo e contra insurreição, apenas exteriormente semelhante (A-37 Dragonfly), foi desenvolvida com base no T-37C e usada amplamente na guerra do Vietaname.
Entrou para a história da aviação e para a sua restrita "galeria da fama" após mais de cinquenta anos de serviço operacional, durante os quais formou um número superior a 78 000 pilotos para a Força Aérea dos Estados Unidos, foi retirado oficialmente do inventário no dia 30 de julho de 2009.1

Desenvolvimento e projecto[editar | editar código-fonte]

Introdução[editar | editar código-fonte]

Um dos factores primordiais no sucesso de uma força aérea no combate aéreo é a qualidade de treino dos seus pilotos, como inúmeras vezes ficou demonstrado nos conflitos ocorridos nos céus da EuropaCoreiaVietname e Golfo Pérsico. O treino é a chave para a vitória, e começa com a instrução básica de pilotagem.2

Origens[editar | editar código-fonte]

No início de 1950 a Força Aérea dos Estados Unidos pretendia um avião de treino propulsionado a jacto, para o que abriu um programa e respectiva competição de fornecimento, designado TX (trainer Experimental). Alguns dos requisitos eram:
  • Peso vazio até 1 820 kg afim de limitar os custos e a complexidade.
  • Capacidade para executar 20 descolagens e aterragens num período de duas horas.
  • Características de manobrabilidade próximas de um jacto moderno
  • Excelente visão externa afim de permitir uma melhor orientação do aluno.
  • Um tecto de serviço de 10 500 metros
  • Velocidade e capacidade de manobra no solo adequadas a um aluno.
Estavam ainda requeridos outros objectivos ligados ao desempenho e pesos da aeronave, bem como alguns itens que eram deixados como opção do fabricante.2
Protótipo XT-37 (54-716) no seu voo inaugural em 1954.
Em 1953 a Força aérea anuncia a vitória da Cessna Aircraft Company na competição TX, e três protótipos são encomendados, designados oficialmente pela USAF XT-37 e pelo fabricante modelo 318. o primeiro dos quais fez o seu voo inaugural a 12 de outubro de 1954. Era uma aeronave de asa recta, a célula toda em metal e com o aluno e o instrutor sentados lado a lado, contrariando a norma seguida até então na USAF, em que a regra era a utilização dos assentos em tandem, propulsionado por um par de reactores continental/teledyne J-69nota 2 com 417 Kgf cada de impulso estático, montados na raiz das asas um de cada lado da fuselagem.3
Quatro T-37B da USAF em voo de formação.
Durante os testes efectuados pelos três protótipos construídos (54-716/54-717/54-718), foram efectuados aproximadamente mil voos, os quais revelaram que o XT-37 conseguia uma velocidade máxima de 632 km/h a 10 600 metros de altitude, 1500 km de alcance máximo com 30 minutos de reserva, 12 200 metros de tecto de serviço e uma taxa inicial de subida 915 metros por segundo. Demonstraram ainda, que eram necessárias algumas modificações tendentes a atenuar a aptidão de queda , quando em voo rotacional, o que terá provocado a queda do primeiro protótipo (54-0716) no seu 215º voo. Assim foram efectuadas algumas alterações no desenho do cone do nariz e aplicadas aletas finas e estreitas ao longo do mesmo e em ambas as laterais, introduzida uma entrada de ar para ventilação do cockpit, redesenhadas as pontas das asas, estabilizadores horizontais e vertical de cauda com novas medidas e reposicionado, bem como novas entradas de ar para os motores, foram ainda deslocadas as luzes de aterragem para o nariz. Avaliadas as novas soluções que foram aprovadas, a Força Aérea Americana considerou a aeronave aceitável para as suas necessidades e foi iniciada a produção do modelo designado T-37A.4

O fim de uma era[editar | editar código-fonte]

No dia 31 de Julho de 2009 realizou-se uma cerimónia para marcar a despedida e o último voo oficial do T-37B ao serviço da Força Aérea dos Estados Unidos.nota 3Presidida pelo coronel Kevin Schneider comandante da octogésima ala de treino (80th FTW) que afirmou: "É realmente fenomenal pensar que um avião que voa há mais de cinquenta anos ainda consegue cumprir a sua missão; não deixo de pensar no B-52, a outra aeronave que também é portadora deste legado duradouro".nota 4A cerimónia terminou com uma única passagem de sete T-37B sobre a Base dirigindo-se para o seu destino final, o 309º Grupo de Manutenção Aeronáutica e Regeneração (309th Aerospace Maintenance and Regeneration Group) em Davis-Monthan, mais conhecido pelo acrónimo AMARG. No final de Agosto as últimas fuselagens seguiram por via terrestre para o mesmo destino, terminando tranquilamente uma era.5
T-37C 2424, pintura Asas de Portugal, preservado na Base Aérea nº1 em Sintra como monumento.

Produção[editar | editar código-fonte]

A produção do T-37 terminou em 1975 com um total de 1,269 aeronaves construídas, das quais:6
  • 444 T-37A para a USAF
  • 552 T-37B para a USAF
  • 273 T-37C para exportação

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