P-80 Shooting Star
Lockheed P-80/F-80 Shooting Star | |
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U.S. Air Force Lockheed P-80A | |
Descrição | |
Fabricante | Lockheed |
Entrada em serviço | 1945 |
Missão | Interceptor de grande altitude |
Tripulação | 1 |
Dimensões | |
Comprimento | 10.49 m |
Envergadura | 11.81 m |
Altura | 3.43 m |
Peso | |
Peso total | 3,708 kg |
Peso bruto máximo | 7,257 kg |
Propulsão | |
Motores | 1 x Allison J33-A-21 |
Performance | |
Velocidade máxima | 928 km/h |
Alcance | 1,271 km |
Teto máximo | 13,868 m |
Relação de subida | 1,524 m/s |
Armamento | |
Metralhadoras | 6 x 12.7mm M2 Browning |
Mísseis/Bombas | 2 bombas de 453Kg ou 8 Foguetes ar-terra 2.75-pol. |
O P-80/F-80 Shooting Star foi o primeiro avião a jacto da Força Aérea Americana a ser usado em combate, a ultrapassar a velocidade de 560mph (901 km/h) em voo nivelado, e o primeiro a ser construído em grandes quantidades.1 Possivelmente terá sido o mais bem sucedido caça a jacto de primeira geração. Foi enviado para aEuropa, para demonstração durante os últimos meses da Segunda Guerra Mundial, não chegando a entrar em combate, como seu rival alemão, o pioneiro Messerschmitt Me 262. Para mostrar o seu valor, teve que esperar pela Guerra da Coreia, uns anos mais tarde. O P-80 foi uma criação da Skunk Works, uma divisão da Lockheed Aircraft Corporation, liderada pelo lendário engenheiro Clarence "Kelly" Johnson, conhecido por acabar os projectos antes do prazo terminar e responsável também pelo P-38 Lightning.2
Guerra da Coreia[editar | editar código-fonte]
Em junho de 1950 forças da Coreia do Norte invadiram a Coreia do Sul, precipitando uma intensa guerra que perduraria por mais três anos. Poder aéreo foi um factor essencial na preservação da liberdade da Coreia do Sul, obrigando à procura de estratégias criativas, teste de novas tecnologias e inflamados debates sobre o papel e uso adequado do poder aéreo.3
No inicio das hostilidades a Força Aérea Americana encontrou um inimigo fácil inexperiente e aeronaves que já tinham passado por melhores dias, essencialmente caças Yak-7 e Yak-9 e o Ilyushin Il-10 de ataque ao solo, bem como alguns, poucos, aviões de treino e de transporte. Apesar do F-80 operar a partir de bases no Japão e no limite do seu raio de acção, mantinha os céus limpos de aviação inimiga. Em novembro de 1950 com a chegada do Mig-15 pilotados por experientes e bem treinados pilotos Soviéticos e dos países do Pacto de Varsóvia,4 tudo iria mudar. O F-80 rapidamente se viu ultrapassado, quer em velocidade, quer em manobrabilidade, quer em ascensão, quer em armamento,sendo relegado para missões de interdição e ataque a alvos terrestres.
- Distribuição do F-80C no inicio 1950 na 5ª Força Aérea5
8º FIG | → | 35º FBS | / | 36º FBS | / | 80º FBS | ||
18º FIG | → | 12º FBS | / | 44º FBS | / | 67º FBS | ||
35º FIG | → | 39º FIS | / | 40º FIS | / | 40º FIS, | / | 8º TRS (RF-80A) |
49º FIG | → | 7º FBS | / | 8º FBS | / | 9º FBS, | ||
51º FIG | → | 16º FIS | / | 25º FIS | / | 26º FIS, |
Legenda: FIG= Grupo de Caça e Intercepção / FBS= Esquadrão Caça Bombardeiros / FIS= Esquadrão de Intercepção / TRS= Esquadrão de Reconhecimento Táctico |
Durante todo o período da guerra, o F-80 voou 98 515 missões e foi creditado com a destruição de 37 aviões inimigos em combates no ar ( seis foram Mig-15) e 21 em terra. Lançou 41 593 toneladas de bombas de ferro e napalm e disparou mais de 81 000 foguetes. Nos 34 meses de combate o F-80 sofreu pesadas baixas, 14 foram derrubados por Mig-15, 113 abatidos por fogo antiaéreo, 16 perdidos por causas desconhecidas e 150 por acidentes operacionais.6
Um F-80C pilotado pelo Tenente Russell Brown, foi um dos protagonistas do primeiro combate entre aviões propulsionados a jato, quando abateu no dia 8 de novembro de 1950 um Mig-15.
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Em 1945 Marinha recebeu três P-80 da Força Aérea, na base aeronaval de Patuxent River, mantendo a designação original. A um dos P-80, foi acrescentado um gancho de retenção na cauda e embarcado a bordo do porta-aviões USS Franklin D. Roosevelt (CV-42) em 11 de outubro de 1946. No dia seguinte fez várias descolagens com e sem catapulta,
bem como várias aterragens. No final o piloto aviador que liderou os testes, Major Marion Carl do Corpo de Fuzileiros concluiu que o P-80 não tinha condições para ser usado a bordo de porta-aviões, por vários motivos, entre os quais estava a falta de resposta adequada do motor aquando da aproximação para aterragem e a incapacidade da fuselagem aguentar o stress das operações a bordo.7
Em 1947 devido à demorada e lenta entrega dos novos aviões para treino dos pilotos a jacto a Marinha conseguiu a transferência de 49 P-80C, destinados á Força Aérea. Foram designados TO-1, mudando para TV-1 em 1950. Serviram como aviões de treino avançado, baseados em terra, até à chegada dos Grumman F9F e McDonnell F2H.8