sábado, 10 de janeiro de 2015

Lockheed P-80 Shooting Star


P-80 Shooting Star

Lockheed P-80/F-80 Shooting Star
U.S. Air Force Lockheed P-80A
Descrição
FabricanteLockheed
Entrada em serviço1945
MissãoInterceptor de grande altitude
Tripulação1
Dimensões
Comprimento10.49 m
Envergadura11.81 m
Altura3.43 m
Peso
Peso total3,708 kg
Peso bruto máximo7,257 kg
Propulsão
Motores1 x Allison J33-A-21
Performance
Velocidade máxima928 km/h
Alcance1,271 km
Teto máximo13,868 m
Relação de subida1,524 m/s
Armamento
Metralhadoras6 x 12.7mm M2 Browning
Mísseis/Bombas2 bombas de 453Kg ou 8 Foguetes ar-terra 2.75-pol.
P-80/F-80 Shooting Star foi o primeiro avião a jacto da Força Aérea Americana a ser usado em combate, a ultrapassar a velocidade de 560mph (901 km/h) em voo nivelado, e o primeiro a ser construído em grandes quantidades.1 Possivelmente terá sido o mais bem sucedido caça a jacto de primeira geração. Foi enviado para aEuropa, para demonstração durante os últimos meses da Segunda Guerra Mundial, não chegando a entrar em combate, como seu rival alemão, o pioneiro Messerschmitt Me 262. Para mostrar o seu valor, teve que esperar pela Guerra da Coreia, uns anos mais tarde. O P-80 foi uma criação da Skunk Works, uma divisão da Lockheed Aircraft Corporation, liderada pelo lendário engenheiro Clarence "Kelly" Johnson, conhecido por acabar os projectos antes do prazo terminar e responsável também pelo P-38 Lightning.2

Guerra da Coreia[editar | editar código-fonte]

Em junho de 1950 forças da Coreia do Norte invadiram a Coreia do Sul, precipitando uma intensa guerra que perduraria por mais três anos. Poder aéreo foi um factor essencial na preservação da liberdade da Coreia do Sul, obrigando à procura de estratégias criativas, teste de novas tecnologias e inflamados debates sobre o papel e uso adequado do poder aéreo.3
No inicio das hostilidades a Força Aérea Americana encontrou um inimigo fácil inexperiente e aeronaves que já tinham passado por melhores dias, essencialmente caças Yak-7 e Yak-9 e o Ilyushin Il-10 de ataque ao solo, bem como alguns, poucos, aviões de treino e de transporte. Apesar do F-80 operar a partir de bases no Japão e no limite do seu raio de acção, mantinha os céus limpos de aviação inimiga. Em novembro de 1950 com a chegada do Mig-15 pilotados por experientes e bem treinados pilotos Soviéticos e dos países do Pacto de Varsóvia,4 tudo iria mudar. O F-80 rapidamente se viu ultrapassado, quer em velocidade, quer em manobrabilidade, quer em ascensão, quer em armamento,sendo relegado para missões de interdição e ataque a alvos terrestres.

  • Distribuição do F-80C no inicio 1950 na 5ª Força Aérea5
8º FIG35º FBS/36º FBS/80º FBS
18º FIG12º FBS/44º FBS/67º FBS
35º FIG39º FIS/40º FIS/40º FIS,/8º TRS (RF-80A)
49º FIG7º FBS/8º FBS/9º FBS,
51º FIG16º FIS/25º FIS/26º FIS,
Legenda: FIG= Grupo de Caça e Intercepção / FBS= Esquadrão Caça Bombardeiros / FIS= Esquadrão de Intercepção / TRS= Esquadrão de Reconhecimento Táctico

Durante todo o período da guerra, o F-80 voou 98 515 missões e foi creditado com a destruição de 37 aviões inimigos em combates no ar ( seis foram Mig-15) e 21 em terra. Lançou 41 593 toneladas de bombas de ferro e napalm e disparou mais de 81 000 foguetes. Nos 34 meses de combate o F-80 sofreu pesadas baixas, 14 foram derrubados por Mig-15, 113 abatidos por fogo antiaéreo, 16 perdidos por causas desconhecidas e 150 por acidentes operacionais.6
Um F-80C pilotado pelo Tenente Russell Brown, foi um dos protagonistas do primeiro combate entre aviões propulsionados a jato, quando abateu no dia 8 de novembro de 1950 um Mig-15.

Marinha (US Navy)[editar | editar código-fonte]

Em 1945 Marinha recebeu três P-80 da Força Aérea, na base aeronaval de Patuxent River, mantendo a designação original. A um dos P-80, foi acrescentado um gancho de retenção na cauda e embarcado a bordo do porta-aviões USS Franklin D. Roosevelt (CV-42) em 11 de outubro de 1946. No dia seguinte fez várias descolagens com e sem catapulta,
Um TO-1 da Marinha
bem como várias aterragens. No final o piloto aviador que liderou os testes, Major Marion Carl do Corpo de Fuzileiros concluiu que o P-80 não tinha condições para ser usado a bordo de porta-aviões, por vários motivos, entre os quais estava a falta de resposta adequada do motor aquando da aproximação para aterragem e a incapacidade da fuselagem aguentar o stress das operações a bordo.7
Em 1947 devido à demorada e lenta entrega dos novos aviões para treino dos pilotos a jacto a Marinha conseguiu a transferência de 49 P-80C, destinados á Força Aérea. Foram designados TO-1, mudando para TV-1 em 1950. Serviram como aviões de treino avançado, baseados em terra, até à chegada dos Grumman F9F e McDonnell F2H.8

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